segunda-feira, 15 de junho de 2009

A VERDADE SOBRE O ESPÍRITO SANTO - Resenha

William Franklin Graham Jr. nasceu em Charlotte, na Carolina do Norte, em 7 de novembro de 1918. Começou sua carreira ministerial em 1943 e, pouco tempo depois, deu início às suas cruzadas evangelísticas. Em 1950, fundou a Associação Evangelística Billy Graham, que tem promovido a evangelização por meio de cruzadas, filmes e programas evangelísticos de rádio e televisão. É autor de vários Best-sellers publicados no mundo inteiro. A obra do evangelista, que já levou as boas novas do amor de Deus a quase 215 milhões de pessoas ao longo dos últimos 60 anos, tem causado um tremendo impacto no cristianismo mundial.
O livro “O poder do Espírito Santo” é constituído de duas partes, cada uma delas sob a responsabilidade do mesmo autor, demonstrando sua experiência e estudo sobre o assunto.
Na primeira parte o Dr. Graham mostra as características do Espírito Santo, quem é, como recebê-lo, como encher-se, e manter-se cheio do Espírito Santo, a partir do capítulo onze o autor vai tratar especificamente os dons do Espírito Santo e o fruto do Espírito.
No capítulo inicial o autor explica quem é o Espírito Santo e como ele se manifesta na vida do crente em Jesus, além de apresentar o Espírito Santo como uma pessoa, que faz parte da trindade e que também é Deus, pois tem os mesmos atributos. O autor afirma que o Espírito Santo é o próprio Deus em todos os aspectos respondendo a pergunta. “Quem é o Espírito Santo? Ele é Deus!” (pág. 25).
No capítulo dois, o Dr. Graham mostra-nos o estudo da atuação do Espírito Santo, desde a criação do mundo, mostrando que o Espírito vinha, repousava e enchia as pessoas. Também destaca a atuação do Espírito de Belém a Pentecostes, quando o Espírito visita Maria e avisa da sua gravidez e que ela daria a luz ao Messias. A atuação do Espírito Santo é diferente nos dias atuais, ainda não havia se cumprido a promessa da sua vinda, e o Espírito agia em algumas pessoas de acordo com seu propósito. A atuação do Espírito de pentecostes, aos nossos dias marcou o relacionamento do Espírito de Deus com toda a humanidade. O estudo mostra que o pentecoste ficou conhecido como a “festa das semanas”, pois era comemorada depois da Páscoa. Segundo Billy Graham o Espírito tem uma dupla missão no mundo, convencer o homem dos pecados, da justiça e do juízo (Jo. 16. 7-11). Sua atuação no mundo é de convencer o homem e impedir o crescimento da maldade. Sua ação através do seu povo também tem influência positiva no mundo, pois somos o “sal da terra” (MT. 5. 13,14). “Pelo poder do Espírito podemos reter o mal e fazer o bem” (pág..38). Na continuação de sua obra o autor mostra a atuação do Espírito Santo na igreja onde Cristo é o cabeça e onde o Espírito vive, não na estrutura, mas em cada crente.
No capítulo três, o autor trata o Espírito Santo inspirando os autores da bíblia. O Espírito escolheu não somente as pessoas, mas também foi responsável pela seleção de cada livro da bíblia. Sua definição de inspiração é a seguinte: a primeira é inspiração total ou plenária, toda bíblia foi inspirada por Deus. Não é só inspirada, mas também autoritativa, isso quer dizer que ela é a revelação de Deus e exige um posicionamento de nós. O autor também enfatiza a iluminação do Espírito - ela tem o poder de tocar nossas vidas. A unidade do Espírito e da Palavra – é o “que muda nossas vidas” (pág.54). O Espírito está usando a Palavra hoje – o Espírito tem poder para transformar vidas hoje através da bíblia.
No quarto capítulo Billy Graham apresenta o Espírito Santo atuando na salvação do homem, o autor destaca alguns meios que o Espírito Santo usa para nos trazer a Cristo.
Uma das necessidades do homem é o “novo nascimento” o Espírito Santo também nos regenera e isso é sinônimo de novo nascimento. Segundo o Dr. Graham o novo nascimento vem de quatro fatores: “Vem de cima (...). Vem por causa do amor e da graça de Deus. Vem por causa da morte e da ressurreição de Jesus Cristo. Vem por causa da ação do Espírito Santo”(pág. 59). Esse “nascimento” não pode vir do homem, somente de Deus. Outro meio é a culpa do pecado, o Espírito nos convence e nos chama. Só o Espírito pode fazer isso.
No capítulo cinco e seis a abordagem do Dr. Billy Graham defende a idéia de um só batismo, o selo, o penhor e o testemunho do Espírito Santo que acontece no momento da conversão. Segundo Graham não acha-se nenhum versículo bíblico dizendo que esse evento se repete. O autor esclarece que somos batizados na hora da conversão. “Esse é o único batismo com o Espírito Santo” (pág. 72) acrescenta. O batismo vem no momento da regeneração, como aconteceu em Atos 8. 17 com os samaritanos e com Paulo. O batismo acontece quando uma pessoa crê em Cristo e é regenerada. O selo, o penhor e o testemunho do Espírito Santo, é um de muitos acontecimentos na vida de uma pessoa que aceita Jesus. Em primeiro lugar vem a regeneração e justificação, em segundo o batismo no corpo de Cristo e em terceiro o Espírito se estala em nossos corações. Esse simbolizando o selo do Espírito Santo. O selo acontece no momento da conversão e dá sentindo de segurança e de propriedade. Os crentes selados com o Espírito Santo são separados para Deus.
O penhor simboliza três finalidades: pagamento adiantado, compromisso e é amostra do que haveria de vir. Dessa maneira o Espírito é o penhor de que Deus nos comprou. O autor dar três exemplos no Novo Testamento do penhor do Espírito Santo: 1. (II Co. 1.22) garantia e promessa; 2. (II Co. 5.5) Garantia de que Deus nos dará corpos espirituais quando Jesus vier; 3. (Ef. 1.14) Garante nossa herança.
O testemunho do Espírito está dentro de nós. Ele nos ensina do caráter e da expiação de Cristo, testemunha que somos filhos de Deus, ensina que temos que dar testemunho da verdade de cada promessa que Deus faz em sua Palavra. Deus nos sela, o Espírito é o penhor e dá testemunho através da Palavra em nossos corações.
No sétimo capítulo Billy Graham destaca a luta interior da carne contra o Espírito que cada um cristão passa. Segundo Graham permanecer e obedecer são as chaves para a santificação. Billy diz que uma vida na carne é ir contra uma vida em santificação. Vida na carne é uma vida egocêntrica, onde o nosso “eu” está sempre em primeiro lugar. No momento que nos submetemos ao Espírito começamos a crescer espiritualmente. O segredo para vencer a carne é submeter-se ao Espírito.
O capítulo oito e nove Graham explica que a plenitude do Espírito é dever de todos os cristãos. Devemos ser cheios e controlado pelo Espírito Santo. Um crente que não busca ser cheio, não deixa de ir para o céu, mas está perdendo muitas coisas de Deus nessa vida. O crente que não é cheio não tem vontade de evangelizar, é fraco e a vida devocional é irregular. Não lê a bíblia freqüentemente, orar passou a ser uma obrigação, além de o pecado perder o sentido. “Todo cristão não cheio do Espírito é incompleto” (pág. 113). A bíblia ordena a busca da plenitude do Espírito, Paulo diz em Ef. 5.18. “enchei-vos do Espírito” que no original quer dizer “encham-se e continuem se enchendo constantemente do Espírito de Deus”. (pág.113). O que para alguns cristãos é “batismo no Espírito Santo”, a bíblia explica que isso é a plenitude do Espírito, e os que ficam cheios glorificam a Cristo. O poder do Espírito vem para o cristão ter uma vida santa para o serviço e glorificar a Deus em tudo. Graham destaca que não basta se encher com Espírito, mas deveríamos continuar cheios. Não há uma fórmula na bíblia, mas o autor da algumas dicas. O primeiro passo é a compreensão. A presença do Espírito em nossas vidas é um fato, e precisamos aceitar pela fé. Deus ordena que fiquemos cheios, e recusar-se a isso é ir contra a vontade de Deus. O segundo passo para ser cheio é a submissão. É deixar o Senhor governar todas as áreas de nossa vida, arrepender-se e confessar é sujeitar-se a Deus e a sua vontade. E o terceiro passo é a fé, que segundo o autor é o ponto central. O enchimento do Espírito Santo é um processo, temos que nos entregar todos os dias e nos empenhar para ficarmos cheios da presença de Deus.
No décimo capítulo o autor descreve os pecados contra o Espírito de Deus, principalmente a blasfêmia, que segundo a bíblia é imperdoável (MT. 12. 31,32). O Coração do homem não regenerado está tão infectado pelo pecado que eles estão sempre resistindo ao Espírito Santo, isso é blasfemar, ou seja, rejeitar o Espírito. Somente o arrependimento sincero pode dar esperança a essa pessoa. Já o cristão, quando peca entristece o Espírito Santo de Deus e isso pode apagar o Espírito. Quase tudo de errado que um cristão faz se engloba nesses dois termos. Não nos levará para o inferno, mas estas coisas não combinam com a natureza do Espírito. Quando entristecemos o Espírito Santo, Ele deixa de nos dar paz, alegria e um coração satisfeito, e a sua atuação fica interrompida, Ele continua presente, mas sua atuação fica obstruída. O crente não cai da graça ou o Espírito o abandona totalmente, mas sim retira a alegria e o poder até que haja arrependimento e confissão. Uma vez batizados no corpo de Cristo, nunca mais seremos abandonados por Ele.
Na segunda parte do livro o autor vai discorrer sobre os dons do Espírito seus significados e influências positivas e negativas no corpo de Cristo (igreja). O Dr. Graham explica os dons de uma forma clara e destaca que eles são para o serviço e edificação do corpo. O corpo de Cristo é como um corpo humano que precisa funcionar perfeitamente, “cada membro é único” (pág. 154).
Carisma tem o sentido bíblico de dom da graça, tem o sentido diferente do habitual e uma definição mais precisa seria a “manifestação da graça”, que traduz-se por dons. O autor diz que os dons vêm do Espírito e é o próprio que distribui como quer de acordo com a necessidade do corpo. Também é preciso fazer uma distinção entre os dons e talentos ou habilidades naturais. O autor expõe que não é possível traçar uma linha precisa entre ambos, mas diz que “os dois vêm de Deus” (pág. 156).
Deus nos deu os dons para o serviço dEle, a não utilização desses dons resultará em prestação de conta com o próprio Deus, no dia do julgamento dos crentes no grande trono branco. No restante do capítulo o autor nos convida a estudarmos os cincos dons encontrados em Efésios 4.11 (Apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre).
O apóstolo seria hoje os missionários, os profetas são os pregadores e evangelistas o que levam as boas novas. Já o pastor no Antigo Testamento da sentido de cuidar das ovelhas, no Novo Testamento esta relacionado a palavra Mestre. O autor conclui explicando que mesmo que você tenha ou não um desses cincos dons, nossa obrigação é atender o chamado de Deus, é sustentar os que foram chamados (Ef. 6.19) e orar por nossos pastores e líderes (Hb. 13.7,17).
No capítulo doze o autor analisa o dom da fé, do discernimento de espíritos, socorro e o dom de governo. Graham distingui a fé do dom da fé. “A graça da fé é quando cremos que Deus fará tudo que prometeu em sua Palavra. Todo cristão têm essa fé. Quando não temos fé nas promessas da bíblia estamos pecando.” (pág. 175). Ou seja, quem tem o dom da fé crê em coisas que a bíblia silencia. O dom de discernimento de espíritos sabe identificar logo se o que estão apresentando é uma verdade bíblica ou não. O dom de Socorro também pode ser serviço social, ajudar os oprimidos e fazer a justiça. O dom de governo, hoje é também conhecido como o dom de liderança. Todos os dons que recebamos segundo a obra, precisam ser desenvolvidos, pois no futuro prestaremos conta a Deus de tudo.
No capítulo treze o autor trata os dons de sinais, e sua abordagem é como no capítulo anterior, explicando dom por dom, segundo Graham esses dons são os que mais chamam a atenção dos crentes. São eles: Cura, milagres e línguas, esse último o autor gasta mais tempo explicando, mesmo não sendo especialista no assunto como ele mesmo diz. Sua opinião está baseada na bíblia. Mesmo que para alguns a língua seja uma evidência do batismo com Espírito Santo, o autor diz que o falar em línguas não tem uma relação direta com o batismo com o Espírito Santo. O “falar em línguas (‘glossolalia’, palavra formada dos termos gregos equivalentes) é mencionado somente em dois livros do Novo Testamento: Atos dos Apóstolos e a primeira carta de Paulo aos Coríntios (aparece também em Mc. 16.17, que muitos eruditos acreditam não pertencer ao manuscrito original)” (pág. 196)
Para muitos cristãos línguas faz parte do novo nascimento, principalmente dos carismáticos. Esses crentes concordam em determinadas coisas, mas afirmam que o batismo no Espírito Santo ocorre depois.
Segundo o autor quando em I Coríntios fala sobre línguas desconhecidas, os ouvintes não entendiam, por isso precisavam de intérpretes. Graham diz que alguns estudiosos afirmam que essas línguas são expressões estáticas e mesmo que esse dom se manifeste, ele não é dado a qualquer um. O autor também faz algumas observações sobre o dom de línguas. Primeiro é diferente do expressado em Pentecostes, onde não precisava de intérprete. Segundo o dom de línguas é um dom do Espírito Santo, não é fruto. Terceiro o dom mencionado em I Coríntios é um dos dons do Espírito menos importante. Quarto o dom de língua não é um sinal do batismo pelo Espírito Santo. Quinto a bíblia adverte sobre o abuso do dom de língua. Sexto nem todo cristão tem que falar em línguas como sinal de crescimento.
Billy Ganham conclui dizendo que pode existir um dom real e que Deus pode usar certos momentos, até porque estamos vivendo nos últimos dias e podemos ver manifestações e sinais vindos do Espírito Santo.
No capítulo catorze Graham vai falar sobre o fruto do Espírito observando que, diferente dos dons todo crente deve ter o fruto do Espírito. A bíblia não fala de frutos, mas sim do fruto do Espírito. Segundo Graham nossa vida produz o fruto do Espírito e ele explica em duas passagens bíblicas salmo 1.1-3 e João 15.4-5. Hoje a condição básica para produzir o fruto do Espírito é estar em Cristo e permanecer nEle.
No capítulo quinze o autor vai tratar os frutos amor, alegria e paz. Segundo Billy, I Coríntios 13 descreve exatamente o que é o amor. Mas não é só em I Co. 13 que fala sobre o amor, João 3, I Pe. 4.8 em Mateus e outros. Em Mateus, João e Marcos a palavra que é usada é ágape. O amor tem uma definição no grego “a forma mais elevada e nobre de amor, que vê no objeto do amor algo infinitamente precioso” (pág. 217).
O fruto da alegria segundo Graham é maior que qualquer circunstância, o original da palavra alegria indica alegria espiritual (I Ts 1.6). O autor diz que a Paz “traz a idéia de unidade, satisfação, descanso, segurança e tranqüilidade” (pág. 222). O termo no V.T é shalom que significa paz. A paz que vem de Deus deve reinar no coração daquele que é de Jesus, pois Ele nos libertou da escravidão e nos colocou em graça.
No capítulo dezesseis Billy Graham vai trabalhar a longanimidade, benignidade e a bondade. Começando pela longanimidade que significa no grego imperturbabilidade diante de provações. A paciência está em Cristo e precisa estar em nós. A paciência precisa estar bem perto das provas e tentações, Billy diz ter paciência nos momentos calmos é muito fácil, mas manter-se calmos nas dificuldades é difícil, somente com longanimidade poderemos vencer. Também pode ser entendida como que acaba com toda grosseria. Jesus era gentil, aonde o evangelho chega precisa acontecer a mesma gentileza que havia em Jesus. O fruto da bondade que deriva de pessoas dirigidas pelo que é bom e representam valores éticos e morais. (Ef. 5.9). A única alternativa segundo o autor para os crentes é se tornar bons, isso agrada a Deus. E se ainda esses três aspectos do fruto do Espírito não faz parte de sua vida precisa ser procurado rapidamente.
No capítulo dezessete Billy Graham explica mais três aspectos do fruto do Espírito a fidelidade, mansidão e o domínio próprio. A fidelidade é referente à fé do crente, essa palavra aparece em Tito 2.10. A falta de fidelidade é imaturidade espiritual, na bíblia temos vários exemplos de homens que foram fiéis a Deus. O autor diz que somos testados em nossa fidelidade com Deus, pode ser na leitura, oração e no relacionamento com Deus.
A mansidão no grego significa “brando” ser suave no trato com outros. A obra ainda defende que a mansidão é uma força e não uma fraqueza e também é chamada de amor sob disciplina. Em última análise quando somos cheios do Espírito Santo, ele produz o fruto do Espírito nas pessoas que querem ser semelhantes a Jesus.
No último capítulo do livro o poder do Espírito Santo o autor trata a questão da necessidade de um avivamento diante de tantas coisas que vem acontecendo nesses últimos tempos da igreja na Terra. Segundo ele o tempo é agora, não da mais para protelar o avivamento espiritual em nossos corações. O que aconteceria se o avivamento acontecesse em nossas vidas e igrejas? Billy responde que: 1) haverá uma nova maneira de ver a majestade de Deus; 2) haverá uma nova maneira de encarar a pecaminosidade do pecado; 3) haverá ênfase na necessidade de arrependimento, fé e novo nascimento; 4) haverá alegria na salvação; 5) haverá uma nova compreensão da nossa responsabilidade pela evangelização do mundo; 6) haverá uma profunda preocupação social; 7) haverá cada vez mais manifestações dos dons e do fruto do Espírito; 8) haverá renovada dependência do Espírito Santo.
Billy Graham também mostra os passos para que aconteça um avivamento. O 1º é admitir nossa pobreza espiritual; 2º é confissão e arrependimento e o 3º passo é um compromisso renovado de nossa parte de procurar fazer a vontade de Deus.
De um modo geral a obra é excelente, pois o pensamento do autor é bem esclarecedor sobre o assunto proposto, numa linguagem simples, mas bem profunda sobre o assunto Billy Graham enfatiza o poder do Espírito Santo na vida do ser humano em geral, cristãos e da igreja. Coerente em suas explicações, Graham desenvolve uma abordagem bem tradicional, relacionadas com as manifestações do Espírito Santo, ou seja, o batismo com Espírito Santo, línguas estranha e os dons. Ele enfatiza as diferença de pensamentos sobre o assunto e defende uma linha racional e bíblica sobre os temas discutidos.
Sua abordagem é bastante significativa em nossos dias, onde todos desenvolvem uma maneira de pensar sem nem mesmo ter base bíblica para isso, contudo diz o autor que nos últimos dias o Senhor ia se manifestar de uma maneira especial a seu povo.

A obra fornece informações relacionada ao que o Espírito pode fazer no mundo, as citações são felizes, pois se encaixam coerentemente com o assunto. Com um sólido conhecimento sobre o assunto, o autor apresenta detalhes bíblicos riquíssimos levando a compreensão do assunto abordado. O autor chega a algumas vezes ser repetitivo na explicação de alguns assuntos.
Finalmente com o estudo dessa obra podemos amadurecer nesse assunto e inclusive aceitar algumas argumentações do autor no qual alguns têm muitas duvidas.
A obra tem por objetivo esclarecer o que significa o poder, e atuação do Espírito Santo de Deus tanto no Velho Testamento como no Novo Testamento, além dos aspectos do fruto do Espírito Santo.
Oferece sugestões para seminaristas, pastores e todos os crentes interessados em saber mais sobre a pessoa do Espírito Santo. O livro apresenta fundamentos necessários à compreensão do assunto que contribui para o desenvolvimento acadêmico e espiritual de qualquer pessoa.


GRAHAM, Billy. O poder do Espírito Santo; Trad. Hans Udo Fuchs.
2ª Ed. São Paulo: Vida Nova, 2009. 256 P.

sábado, 13 de junho de 2009

Você sabe quem é Jesus Cristo?

João Batista observou Jesus como: O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo
João 1. 29

O ensino bíblico fala sobre a pessoa de Cristo: Jesus Cristo foi plenamente Deus e plenamente homem em uma só pessoa.

1. Vamos ver a humanidade de Cristo

1.1.O nascimento virginal Mt. 1.18 / MT. 1.20 / MT. 1. 24-20

1.2. Fraqueza e limitações humanas
a) Cansado da viagem – Jo. 4.6
b) Teve sede – Jo. 19.28

2. Jesus mesmo sendo homem não pecou
Mesmo sendo humano não cometeu pecado algum.
a) Resistiu o diabo – Lc. 4.13
b) Exemplo de obediência a Deus – Jo. 8.29

Os que negavam a humanidade de Jesus eram os conhecidos como “docitismo”
Do grego dókesis = aparência. Heresias dos primeiros tempos da Igreja, à qual já se refere em escritos do NT (Jo, Cl), que atribuía a Cristo um corpo apenas aparente; com isso negava a realidade do mistério da Encarnação.

3. Por que Jesus era totalmente humano?

3.1. Para mostrar uma obediência representativa.

3.2. Jesus foi nosso representante e obedeceu em nosso lugar naquilo que Adão falhou. Rm. 5.18 -19 – Paulo chama Cristo de “o ultimo Adão” I Co. 15.45

3.3. Ele veio ser um sacrifício substituto – Hb. 2.16 -17

3.4. Para ser o mediador entre Deus e os homens – I Tm. 2.5

4. A divindade de Cristo
Para completar o ensino bíblico acerca de Jesus Cristo, precisamos declarar não só que Ele era humano, mas que também.

Base bíblica: João 1.1 – 1.18 / Rm. 9.5 / Tito 2.13 / Hebreus 1.8

4.1. A Palavra Senhor atribuída a Cristo
MT. 13.27 - 21.30 - 27. 63
João 4.11
MT. 6. 24 – 21.40

4.2. Os sinais de que Jesus possuía atributos e os atributos de divindade.
MT. 8. 26 – 27...Mt. 14.19...João 2.11

4.3. Jesus afirma sua eternidade João 8. 58...Ap. 22.13

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GRUDEM, Wayne A. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Ensinando para Transformar Vidas - Resenha

Se alguém tem autoridade para falar sobre a capacidade de chegar à velhice com disposição e força para oferecer contribuições valiosas para a sociedade e para a Igreja, esta pessoa se chama Howard G. Hendricks. Professor no Seminário Teológico de Dallas nada menos do que cinco décadas, ele também dirige o Centro para Liderança cristã da instituição, que fundou em 1986.
O prestígio de Hendricks como educador não ofusca seus outros talentos. Ele também é um excelente orador, um especialista das Escrituras Sagradas e muito requisitado como conselheiro. Foi capelão do time de futebol americano do Dallas Cowboys de 1976 até 1984. Seu programa de rádio, The art of family living (A arte de viver em família) edificou inúmeros lares dos Estados Unidos.
Além de O outro lado da montanha, outras obras de sua autoria foram traduzidas para o português nos últimos anos: Manual de ensino para o educador cristão (com Kenneth O. Gangel, CPAD), O ministério de administração (com Stephen B. Douglas e Bruce E. Cook, Editora Candeia), Pastores e mestres (com Roberta Hestenes e Earl Palmer, Edições Vida Nova), Vivendo na Palavra (com William D. Hendricks, Imprensa Batista Regular) e Ensinando para transformar vidas (Editora Betânia).
Atualmente, Hendricks vive em Dallas, no Estado do Texas (EUA), com sua esposa Jeanne.

O livro Ensinando para transformar vidas está separado distintamente em sete maravilhosos capítulos onde, o autor relata a teoria das sete leis de ensino: Do professor, do ensino, da atividade, da comunicação, do coração, da motivação e da preparação prévia.
Inicialmente Hendricks destaca a lei do professor, essa se baseia em experiência de vida. Um bom professor precisa ter conteúdo para ensinar os alunos, mas, além disso, ele também precisa aprender com sua classe, pois o professor que “para de crescer hoje pára de ensinar amanhã” (pág. 15).
O crescimento do professor precisa ter três aspectos: Intelectual, físico e social.
No aspecto intelectual consiste em se disciplinar em um programa de leitura e estudo; fazer cursos de atualização e conhecer bem os alunos. Já no aspecto físico o mestre precisa ter disciplina no gasto com seu dinheiro, tempo, vida sexual, alimentação, além de manter exercícios físicos. E finalmente no aspecto social é preciso manter um relacionamento sincero com amigos, vizinhos, pessoas não-crentes, pastor e outros. O professor nunca pode achar que já sabe tudo, ele precisa estar em constante aprendizado.
A segunda lei, a do ensino tem em síntese influenciar os alunos, o professor não apenas passa o conteúdo, mas permiti que os alunos aprendam fazendo. O professor então passa ser um motivador e o aluno um investigador. Para isso o professor precisa de algumas metas: primeiro ensinar os outros a pensar; ensinar a aprender e terceiro ensinar os outros a trabalhar.
É responsabilidade do professor, levar os alunos a desenvolver bem a habilidade de ler; escrever, ouvir e falar. Hendricks diz que “ensinar é ao mesmo tempo uma ciência e uma arte” (pág. 53).
A lei da atividade se resume em duas frases, impacto e transformação. Segundo a obra, o ensino cristão hoje tem perdido sua força quando não deveria. À mensagem do cristianismo deve transformar vidas e a lei da atividade diz o seguinte “quanto maior o nível de envolvimento no processo de aprendizagem, maior o volume do conteúdo apreendido” (pág. 58). Ou Seja, o ensino precisa ser acompanhado de ações para que o aluno possa fixá-lo e aplicá-lo em sua vida.
O grande desafio que o autor destaca é a lei da comunicação. “Para que haja comunicação é necessário que se estabeleça uma ponte de ligação entre o comunicador e o receptor” (pág. 75). Hendricks destaca principalmente para que o professor consiga estabelecer essa ponte é preciso conhecer bem o aluno e não só isso o professor precisa comunicar com sua vida. Nesse processo o autor destaca duas palavras para ajudar os professores: preparação e apresentação.
Outra lei importantíssima que a obra nos remete é a lei do coração, a personalidade, o caráter do professor gera um laço de sinceridade e confiança com os alunos, esse era o motivo pelo quais os discípulos seguiam a Jesus. O ensinar com o coração tem maior impacto na vida dos alunos. Hendricks diz mais “É preciso, então estabelecer com eles um relacionamento genuíno, uma comunicação de alma para alma” (pág.97).
A sexta lei é a da motivação, que segundo autor é fundamental para que o aluno esteja desejoso de aprender, sem motivação os alunos não aprendem. O autor destaque que o aluno esteja adequadamente motivado. Não motivado por ganhar algum tipo de prêmio ou por culpa, mas o aluno precisa perceber a necessidade de crescer naquilo que está sendo ministrado em sua vida. Muitos discipulados são frustrados por causa da motivação errada. Ser igual ao mestre deveria ser o anseio de todo aluno.
Por fim vem à lei da preparação, esta diz que “o processo de ensino-aprendizagem é mais eficiente se, tanto o professor como o aluno estão previamente bem preparados” (pág. 125). Nessa seção o autor destaca que é de extrema relevância as tarefas para casa, pois faz com que o aluno já venha para classe com a mente aquecida. Veja as vantagens segundo Howard Hendricks: 1) A tarefa colocada o pensamento em movimento; 2) O aluno passa a ter um ponto de partida; 3) O aluno aprende a estudar a Bíblia independente. O professor também precisa elaborar sua aula com criatividade; precisa levar o aluno a pensar e distribuir tarefas aceitáveis. O professor deve estar preparado para perguntas difíceis, mas se por acaso não souber responder é melhor não inventar respostas, mas sim responder no próximo encontro.
Poderíamos concluir que as sete leis são fundamentais para um ensino de qualidade e de crescimento tanto do aluno quanto do professor. E certamente essa obra oferece ferramentas valiosas para todos educadores cristãos ou não.
Oferece sugestões para professores da Escola Bíblica Dominical, professores, seminaristas, pastores e todas as pessoas interessadas em adquirir maior conhecimento na área de ensino religioso ou secular. O livro apresenta fundamentos necessários à compreensão do assunto que contribui para o desenvolvimento acadêmico e espiritual de qualquer pessoa.

HENDRICKS. Howard. Ensinando para Transformar Vidas; Trad. Myrian Talitha Lins. 1ª Ed. MG: Betânia, 1991. 143 P.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

CRISE NA LIDERANÇA CRISTÃ

Onde estão os líderes parecidos com Jesus?
Onde estão os verdadeiros líderes cristãos?

Fazendo uma comparação de nossos líderes com a liderança de Jesus percebemos a enorme distância que nos encontramos do padrão (Jesus).
Quando eu olho para João 13, no episódio em que Jesus lava os pés dos discípulos, sinto-me ainda mais distante e carente de uma liderança que tenha o modelo de Jesus. No diálogo com os discípulos Jesus diz a Pedro, “Você não compreende agora o que estou lhe fazendo, mais tarde, porem, entenderás” (João 13.7 BNVI).
Nem Pedro, nem nós no século XXI entendemos! Jesus estava tentando ensinar o seguinte: “ Pedrão liderança é servir”.
Muitos líderes com uma visão empresarial estão perdendo de vista os exemplos de liderança de Jesus. Jesus estava no meio das ovelhas, no meio do povo, Jesus visitava as aldeias, as cidades, as casas das pessoas, sentava na grama, participava da mesma, mesa comia a mesma comida, Jesus influenciava as pessoas. Hoje vemos líderes liderando por imposição, líderes que comem comida e sentam-se em lugares separados, líderes que não visitam as pessoas, líderes que não querem cuidam de sua ovelhas. Será que Jesus agia assim? Gerge Barna no seu livro líderes em ação diz que os líderes precisam fazer tudo: “os líderes fazem todas estas coisas o tempo todo”.
Outro texto que poderíamos citar esta em Filipenses 2.5-8, esse texto mostra a humilhação de Jesus. Paulo diz: “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, o qual, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvazio-se a si mesmo, vindo a ser servo...”
Há líderes hoje que estão se achando maiores que Jesus sentam-se em seus “tronos” e só sabem mandar. Será esse exemplo de Jesus? O texto diz “vindo a ser SERVO!”
Um dia no final de um evento dos jovens pedi a um seminarista que me ajudasse a levar um banco para dentro da igreja, a sua resposta me surpreendeu: “já passei desse estágio”. Será que ele esta sendo influenciado pela liderança de Cristo?
Recentemente li um livrinho muito bom, Ensinando para transformar vidas de Howard Hendricks. Ele diz o seguinte: “segundo o ensino do Novo Testamento, saber e não praticar significa não saber nada”.
Hoje há muita capacitação “empresarial”, mas pouca ação! Para muitos líderes a mensagem de Jesus ainda ecoa “Vocês não compreenderam nada”.
Os líderes de hoje querem impressionar com grandes eventos, construções, status, cargos, Mas Jesus não está muito interessado em nada disso. Como Ronaldo Lidório diz: “Jesus conhece o secreto da sua vida. É certo que Ele não se impressiona com as grandes construções que você levantou as realizações aclamadas por multidões ou teses defendidas debaixo dos holofotes. O carpinteiro olha direto para o coração e vasculha a sua alma”.
A pergunta ainda ecoa nas Ekklesias: “onde estão os líderes parecidos com Jesus?”
Deus nos ajude a encontrá-los!

Evandro Lima

sábado, 6 de junho de 2009

O PECADO SEPARA O HOMEM DE DEUS

1. Conseqüência do pecado de Adão: [1]
O pecado de Adão trouxe como conseqüência a morte, como pena do pecado, que passou a todos os homens. Rm. 12-21.

1.1. Morte física - Rm. 8.2 e II Tm. 1.10
1.2. Morte Espiritual – Separação da alma de Deus. O pecado de Adão pois fim a doce comunhão até então existente entre ele e Deus. Certamente esta é a conseqüência mais aguda do pecado de Adão (Gn. 3.23-24).

2. Doutrina da imputação
A bíblia diz que por causa da transgressão de Adão, toda sua posteridade também se tornou transgressora (Rm. 5. 16-19).
É por causa do pecado de Adão que nascemos pecadores e sujeito às penas de Deus (Rm. 5.12) e (ICo 15.22).

3. Entristecer o Espírito Santo[2]
O cristão quando peca ele entristece o Espírito Santo, e apaga o Espírito.

3.1.Como um cristão pode entristecer o Espírito santo?
(Efésios 4. 20-32), nesses versículos estão relacionados o desagrada ao Espírito santo.

3.2. O que acontece quando o cristão entristece o Espírito Santo?
Normalmente ele gosta de nos revelar o que é de Cristo. Ele também nos proporciona alegria, pás e um coração satisfeito. Mas quando nós o entristecemos, sua atuação fica interrompida. Sua atuação fica interrompida, mas ele continua presente, ele não é afastado, a sua atuação fica prejudicada.
Deus pode fazer com que não sintamos mais a presença do Espírito santo ( Sl. 51. 11).
Mas, nos fomos selados para o dia da redenção, isto é a redenção dos nossos corpos (Ef. 1.13 – 4. 30 e Rm. 8.23). Podemos até escorregar, mas isso é bem diferente de cair da graça ou perder o E.S totalmente.
O que é retirado do crente é : a alegria e o poder até que venha o arrependimento e confissão dos pecados. Um exemplo esta no Salmo 32. 3-5 e 11.

4. A blasfêmia contra o Espírito santo
O dicionário Bíblico Ebenezer diz:
Falar a respeito de DEUS ou de assuntos sagrados de modo descuidado, indevido ou afrontoso. Aquilo que contraria e afronta DEUS e Sua palavra.

Segundo Billy Graham é o pior pecado, também chamado de imperdoável. Ele é cometido por não crente um exemplo esta em MT. 12. 31-32.
Como saber se uma pessoa esta cometendo esse pecado?
a)Quando o E.S não estiver mais agindo nessa pessoa
b)Quando uma pessoa resiste ao E.S (At. 7.51)
c) Quando rejeitam as verdades sobre Cristo

Nós cristão devemos ter cuidado antes de dizer que alguém cometeu esse pecado, somente Deus pode medir isso!
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[1] PINHEIRO. Nunes Isaque, Doutrinas Bíblica, 2001
[2] GRAHAM. Billy, O poder do Espírito Santo 2009